A utilização de juntas coladas em substituição aos tradicionais processos de junção mecânica e processos de soldagem vem se tornando uma realidade cada vez maior na indústria de petróleo. Juntas coladas são versáteis, resistentes e não demandam fonte de energia externa para sua confecção, podendo ser utilizadas inclusive com substratos compósitos, especialmente em sistemas de confecção e reparo de grandes estruturas. O trabalho em questão propõe a determinação de fatores de forma que corrijam o valor da força máxima obtida com ensaio da junta padrão de cisalhamento ASTM 1002 para juntas com diferentes geometrias e diferentes carregamentos (cisalhamento puro ou carregamento combinado de cisalhamento e flexão). Os resultados obtidos mostram que os fatores de forma propostos permitem a previsão da resistência de juntas de diversas configurações a partir de um número mínimo de ensaios com juntas padrão ASTM, obtendo-se erros menores do que aqueles obtidos pela relação linear entre força e área prevista no cálculo da tensão de cisalhamento em ASTM D 1002. Os modelos termodinâmicos propostos baseiam-se na mecânica do dano contínuo de juntas coladas e permitiram a modelagem satisfatória das juntas coladas em questão, provendo um dispositivo prático para projeto de juntas coladas, sem necessidade de uso de simulação de elementos finitos ou análise da distribuição microscópica de tensões ao longo da região colada. Os modelos foram ainda testados para carregamentos dinâmicos (análise de vida em fadiga) e para análise do efeito da espessura de juntas coladas em sua resistência final mostrando grande aplicabilidade.